sábado, 4 de agosto de 2018

Vamos falar de Igualdade e de Liberdade

O século se iniciou com a discussão incessante sobre a aceitação da Diversidade. Os indivíduos, tomados fora dos grupos, tem formas de Pensamento e de Manifestação diferentes.

Frente à esta Diversidade, como podemos falar de Igualdade ? A Diversidade dos indivíduos contradiz a Igualdade de direitos ?

Para entender a conjunção entre Diversidade e Igualdade, basta especificar os contextos. A Diversidade se aplica ao Indivíduo tomado sozinho. A Igualdade, por outro lado, se aplica aos indivíduos quando reunidos em grupos de interesses comuns ou à sociedade como um todo. Mas quando reunidos em grupos ou multidão, os comportamentos individuais podem sumir por completo, com manifestações temerárias e imprevisíveis.

Portanto, uma coisa é a abordagem individual, e outra muuito diferente é a coletiva, grupal, tribal. 

Como já discutimos no texto "A iniciativa própria do indivíduo - Identidade", cada pessoa desenvolve iniciativas próprias segundo o conjunto de valores que vai coletando dos fatos e eventos que ocorrem no enredo de sua vida.

Vamos relembrar de onde vieram as ideias de Igualdade e de Liberdade na História da Humanidade. Quero esclarecer que é a primeira vez que vejo a necessidade de entrar na discussão histórica para compreender a psicologia do ser humano.

A Revolução Francesa

Nas escolas ainda se estuda um dos mais importantes eventos históricos da humanidade: a Revolução Francesa.

Já prestem bem a atenção na denominação Revolução Francesa. Não foi dito Revolução Inglesa, Revolução Russa, Revolução Espanhola. Pela sua denominação se vê que foi um evento com características peculiares. O mundo em volta importou seus anseios, mas não compreendeu que esta Revolução teve um contexto que não podia ser exportado para outras nações em sua integralidade. É como se um deprimido tentasse utilizar a mesma solução encontrada pelo seu irmão, amigo ou vizinho para a própria depressão.

O núcleo motivacional desta Revolução foi a escravização econômica da monarquia sobre a massa da população. Não falamos cidadãos, porque não eram. E nem falamos franceses, pois não eram cidadãos. Era só um povo dentro das fronteiras francesas. E tudo tinha uma razão de ser. Os conselheiros dos reis, junto com os nobres, pretendiam controlar as massas pela ... fome. O estômago vazio detém o ímpeto de fazer qualquer esforço para mudar as coisas. A fome pode despertar um impulso agressivo para sobrevivência individual, mas não do grupo. A fome é egoísta, e nunca altruísta.

E o povo, instigado pelos teóricos do Iluminismo, e liderado pelos interessados em transferir o poder para suas próprias mãos, tomou a Bastilha, famosa prisão dos discordantes da monarquia, pois

NINGUÉM TOMA O PODER PARA ACABAR COM ELE

O ser humano se revela muito inocente quando apoia alguém que quer "mudar as coisas", mas está ligado a grupos que tem interesses na tomada do poder. Os piores teóricos das "mudanças" são os que dizem que estão interessados no povo. Os indivíduos, tomados como coletivo, são muito fáceis de serem convencidos com argumentos falaciosos, principalmente com estes de que falamos: Igualdade e Liberdade.

É importante lembrar que um dos produtos importantes desta revolução foi a Declaração Universal dos Direitos do Homem.

A França para os franceses

Quando os franceses fizeram a sua revolução, instigados pelos interesses de quem pensava, e queria o poder para si, eles estavam pensando em constituir uma nação para todos viverem bem, com Igualdade. Já os teóricos e promotores da Revolução o objetivo era tomar o poder. A prova disto é a matança que se seguiu, com muitas cabeças rolando das lâminas das guilhotinas.

A transformação social que se segue a um longo período de dominação é sempre brusca e violenta. É necessária ? Bem, será que os grupos dominantes vão entregar o seu poder de forma amigável, negociada e pacífica ? Uma coisa é negociar com criminosos cercados pela Polícia em uma casa. Outra é uma massa de gente oprimida tentar negociar com seus opressores, que detém o poder de Polícia e Autoridade.

Não fosse pela força e pela mobilização, a França estaria na monarquia dominadora até hoje.

Mas o povo francês não queria Liberdade e Igualdade ? O terror que se seguiu não expressava Liberdade. E o fato de um grupo governar com mão de ferro não produziu Igualdade. E a Revolução fracassou por isso ?

Retornemos às nossas vidas pessoais. Se algo importante, significativo não acontecer na sua vida, você vai querer sair de sua inércia ?

Foi isto que aconteceu na França. O período de opressão e terror promovido pelos revolucionários mudou o estado de coisas. E a Revolução Francesa influenciou os outros países.

A Igualdade Francesa

Se você já foi à França, ou ouviu os relatos de quem já foi lá, já deve ter ciência de como os franceses tratam turistas ou não franceses. Quando descobrem que você não é francês, não dão informações, viram a cara e vão embora. Te deixam na mão.

E a Igualdade Francesa ? É só para franceses. Você pode querer liberdade entre seus iguais, no meio do seu povo, no meio da sua nação, mas um brasileiro entre franceses é um pária. Os religiosos judeus, mesmo franceses, mesmo tendo nascido lá, são xingados e podem ser agredidos pelo povo na rua neste país tão celebrado. Eles andam nas ruas em passo acelerado para evitar agressões. E a Igualdade ? Igualdade só para franceses na França.

Os teóricos da Igualdade só pensaram em si. O resto do mundo é outra conversa.

É o retrato da hipocrisia humana. E lembremos que eles redigiram e aprovaram a Declaração Universal dos Direitos do Homem.

Igualdade Econômica

Como podemos ter igualdade econômica, se uns se confessam preguiçosos e fracos ? Como ter igualdade quando algumas mulheres aguardam um homem que as sustente ? Como promover igualdade quando empresários revelam suas táticas para enganar clientes e obter lucro ? Como vamos atingir a igualdade com pessoas que aguardam favores de políticos para suprir sua fraqueza e incapacidade para o trabalho ?

Então uns vão trabalhar para sustentar os outros ?

Portanto, é racional clamar por Igualdade econômica ?

Hoje, tenho minhas dúvidas. Com pessoas tão diferentes em seu ânimo, em suas aspirações, em sua disposição, duvido muito, e encaro este tipo de Igualdade como discurso vazio, promovido pelos fracos, para que os fortes trabalhem para eles.

Conclusão

Mexemos com material humano. Humanos são diferentes. Alguns conseguiram, com seu esforço, dom da natureza, mais que os outros. Outros tentam, com conceitos, superar sua fraqueza para o trabalho, e convencem os outros a trabalhar para sustentá-los. É uma espécie de roubo existencial.

As pessoas precisam trabalhar. É uma das melhores expressões de Igualdade. TODOS deveriam IGUALMENTE trabalhar para se sustentar, e não ficar inventando teorias que os beneficiem economicamente.

Outra conclusão é a de que a Europa quer empurrar goela abaixo dos brasileiros as teses que não conseguiram realizar. Eles são bem recebidos aqui, mas nós somos mal recebidos lá.