sexta-feira, 12 de junho de 2015

Raízes históricas, Adão e o crescer sozinho

Seria um indivíduo isolado uma construção possível ? Pensando em Adão, indivíduo solitário por excelência, sem ramo familiar ascendente, portanto sem história (e só deste aspecto vou falar), qual seria a sua forma de ver o mundo do jardim (única perspectiva visível para ele) ?

Entre os indivíduos adotados, a quem é dado conhecer este fato, lá pelos 12 a 15 anos eles revelam a curiosidade de saber a sua origem, geralmente materna. Nisto a +Esther Marduk poderá opinar melhor q eu. Esta origem se encaixa nisto que conhecemos como História ? Podemos existir sem uma memória ?

Ao procurarmos respostas para estas perguntas, poderemos explorar as Raízes Históricas do indivíduo. Comecemos por Adão.

O homem solitário Adão

Adão não sabia ao certo de onde veio. Ele é o único protótipo de indivíduo que poderia dizer que fez a sua própria história pessoal sem influências. Geralmente, da pessoa normal, nascida de pai e mãe presentes, se diz que sua personalidade é mais ou menos metade da mãe e metade do pai. No caso de Adão não podemos dizer isto. Sua educação veio inteiramente das "pistas" deixadas para ele nos seus dias no Jardim. Uma pessoa sem impressões padrão de pai e mãe precisa de fatos marcantes na sua história pessoal para se sentir um pouco definida que seja.

Adão sequer precisava plantar à sua volta para se sustentar, antes do episódio que trouxe sobre ele a lei de tirar seu sustento com o seu próprio suor. Que motivação uma pessoa desta teria ?

Graças ao seu pouco tempo no Jardim, sua curiosidade em descobrir as coisas daquele jardim lhe davam esta motivação. E, provavelmente, quando ela estava acabando, Deus lhe deu Eva. Não precisamos discorrer sobre toda este convívio. Precisamos apenas chegar ao ponto da experiência traumática do casal ter sido repreendido por Deus. Foi esta repreensão, pelo símbolo do Pai, que deu a Adão e sua esposa o FORTE SENSO DE IDENTIFICAÇÃO, pelo qual conhecemos ambos até hoje, passados tantos anos.
Então, sua História Pessoal foi definida e construída sobre este evento. Ser nascido de pai e mãe pode definir nossa origem, mas nunca aquilo que vamos ser. O que vamos ser depende das experiências, geralmente as mais traumáticas, que teremos na vida.

Memória

Pelo exposto anteriormente, é a fixação de eventos determinantes da vida em nossa MEMÓRIA que definem o que nós vamos ser, ou vamos ter como marcos que definem nossas formas de reação perante as situações.

A medicina tem em Henry Gustav Molaison (o paciente M) o modelo do homem sem memória. Submetido a uma cirurgia para acabar com suas convulsões após um acidente, ele teve uma parte significativa do hipotálamo extirpada, impossibilitando-o de formular novas memórias. Ao receber os familiares em seu quarto de uma clínica, ele sempre os cumprimentava como se fosse a primeira vez que os visse. Sua identidade frente à História de seus parentes, parte de sua própria história, era nula.


É preferível ficar com o Mito

Realmente nunca poderemos saber como é a sensação de estar sozinho ao extremo. Nenhum de nós já deve ter parado prá pensar nisto. Já nascemos influenciados, acompanhados, vigiados.

Por exemplo, fico pensando como desenvolver uma personalidade sem pessoas à nossa volta. É como nem estar vivo. A nossa existência precisa ser "confirmada", eu entendo assim. Concordo com a existência de um "Mito Adão". Assim deve ter sido escrito para descrever este tipo de situação.
Como já foi dito, acertadamente, somos o q está na nossa memória. Se a perdermos, é preciso q tenhamos feito coisas significativas para estarmos na memória dos outros. Desmemoriado, eu deixo de ser alguém prá mim mesmo, mas continuo sendo o que fui ou o que sou prá quem se lembra de mim.

A intenção de mostrar o valor da história, a pública, esta escrita para todos, é muito válida. Os jovens de hoje perguntam para que estudar o que aconteceu no passado. O que eu estou vendo crescer é uma massa de gente sem consciência histórica. Eles veem o q está acontecendo hoje na política, e comentam o presente sem conhecimento do que foi feito para nós chegarmos até aqui. E, consequentemente, falam muita bobagem. Basta ler as discussões da Internet, e dos mais variados assuntos. Chegamos ao cúmulo de comentarmos algo da história e vir um tolo falar que o que falamos não existiu.

E concordo inteiramente com a força do mito. Não importa mesmo quem foram estas pessoas, e nem se realmente existiram. Importa é o mito produzido, pois é de elaboração coletiva. Podemos ter até mentiras, mas o que existe, no final, é a verdade coletiva. A massa de pessoas é que propaga aquilo que é será estabelecido como verdade. Não deixa de ser assim. Os que pensam são minoria.

Muitas das revisões que são feitas hoje, por autores que até gozam de crédito, são feitas com o intuito de se opor à verdade inicial. Os alemães fizeram muito isto, por serem um povo que estuda muito todas as áreas do conhecimento, mas em busca de notoriedade. Esta tendência dura até hoje no bordão da National Geographic:

"MAS SERÁ QUE ISTO ACONTECEU ASSIM MESMO ?"

Ultimamente deixei de assistir aos documentários tanto deste canal quanto do History Channel, pois o intuito deixou de ser a pesquisa séria para se transformar em revelações sensacionalistas. Você conversa com alguém instruído sobre alguma coisa já bem pesquisada, como a Bíblia, e vem logo alguém dizer que assistiu um documentário que desmente a visão dominante.

Então, se os acontecimentos ficaram muito atrás no tempo, O MAIS SEGURO É FICAR COM O MITO MESMO.

O poder do MITO

Eu noto o desprezo dos comentaristas, principalmente os ateus, em relação aos Mitos.





Primeiro que ao dizer que algo é Mito, não se está depreciando este algo. Pelo contrário. Se foi estabelecido como Mito, é o mesmo que canonizar um Santo. Nos filmes políticos vemos muito um personagem que está tramando a morte de alguém que está incomodando ser repreendido por um outro que geralmente diz:



"Se você fizer isto, vai transformar fulano em mártir."

Como é o mecanismo de criação do mártir ?

Líder entre os vivos => Morte => Enterro com honras => Aniversários da morte => Divulgação de seus ideais => MITO


Se nesta discussão alguém vem falando que Jesus é um mito, infelizmente não está destruindo a lembrança de sua figura, mas reforçando na mente das pessoas alguém que reúne um determinado número de atributos humanos considerados como ideais.

Nós, os "não mitos" seremos esquecidos, e os Mitos serão registrados na história da psicologia, da biologia, etc.

O Mito, por exceder, pelo seu exagero, qualquer humano comum como nós, se destaca como mais. Vejam o exemplo das companhias petrolíferas. Estas já são um destaque por produzirem o bem responsável pela produção de energia para veículos. Vejamos o caso da Shell, que já está neste ramo privilegiado. Se ela acabar hoje, se transformará num mito por muits anos. Mas a Shell um dia realmente existiu, diriam. Mas eu digo que, no futuro, poderemos ter gente que vai negar sua existência, ou diminuir a sua importância no tempo em que existiu, pois as pessoas estão constantemente fazendo um revisionismo que eu classifico como doentio, pois a negação se transformou numa espécie de poder por parte das pessoas que não realizam nada, ou realizam pouco.


O criticismo e o revisionismo


Hoje, justamente na sociedade da informação e informática, a História de nossos antepassados está sofrendo uma perigosa revisão. Nossa sociedade foi construída sobre determinados mitos, e estes fizeram nossos valores. Todos conhecem figuras simbólicas como "Complexo de Édipo", Calcanhar de Aquiles e outros. Não importa se Édipo ou Aquiles existiram como pessoas, nem o lendário Narciso. Podemos caracterizar as pessoas usando estes símbolos. Eles são mais fortes do que pessoas que existiram, mas não se expressaram com a força necessária para que pudessem ser lembradas (Memória).

Édipo, Narciso, Aquiles, Moisés, Adão, Jacó, e muitos outros não fizeram parte direta de nossas vidas, mas talvez sua existência tenha mais força do que a de primos, tios e outros parentes, que não contribuíram em nada para a nossa vida, por meio de ações significativas.

Tentar desqualificar estes personagens com o rótulo de mitos ou lendas é fortalecê-los ainda mais na história de nossa sociedade, pois superam as pessoas comuns, que só fazem o suficiente para viver, e não contribuem para a História.

Jesus será famoso por muitos milhares de anos, justamente pelo fato de discutirem incansavelmente se existiu ou não. Nisto reside o erro dos humanos mal intencionados. Ao tentarmos destruir um ícone, o número de peças remanescentes só aumenta.



domingo, 7 de junho de 2015

Rede Social - a farsa da comunidade - Whatsapp e outros

Neste artigo mostrarei como as Redes Sociais estão fazendo dos jovens um rebanho que segue um pastor de palha.

O fato e a investigação surgiu da queixa dos pais de que seus filhos já não estão tão presos à família. As consequências aparecem na chamada "delinquência juvenil". Os "rolezinhos" em Shoppings, ou os "rolês" com sexo e drogas em residências, substituíram as reuniões sadias para conversa, violão e comilança.

Se houve uma mudança em relação ao passado, é óbvio que deve ter surgido um agente de transformação. É como é nossa suposição, tal agente se expressa nas ferramentas de Rede Social:

- Facebook (comentários)
- Whatsapp (mensagens)
- Youtube (debates)

Mas como os adolescentes são mais imediatistas, temos que focar nos "instant messengers". O Whatsapp é a expressão máxima de um dispositivo deste tipo. Ele é portável, acompanha seu usuário para todos os lugares que ele vai. Por si só, é um companheiro com o qual o jovem não conversa, mas possibilita o contato onisciente com um grupo, como se fosse um deus (totemização celular).

Antigamente, como eram os vínculos, e quais eram as expectativas. Os vínculos se restringiam ao território bem material da casa. Os objetos de afeto eram irmãos e vizinhos. A expectativa era a chegada de fins de semana ou feriados, para se divertir com os vizinhos.

Hoje, os territórios são virtuais. O vizinho virtual pode estar no outro bairro, cidade ou até país. Ouve-se de jovens e até mais velhos: "hoje é fácil ter amigos com a Internet". Mas estes são realmente amigos, no sentido radical do termo ?

O amigo está sempre próximo o suficiente e em tempo satisfatório quando se pode observar um conjunto de seus atos e expressões para fazer a comparação com nós mesmos. Um amigo de Whatsapp, tão somente, já peca na parte de observação de atos. Ele pode falar mil maravilhas da vida e de si mesmo, mas seus atos é que vão torná-lo uma escultura genuinamente humana.

Pessoas que digitam frases no celular, com grande desenvoltura, estão tendo dificuldades para se exspressar verbalmente. Como se explica isto ? Seriam as abreviaturas, ou o fato de substituir a língua pelo dedo ?

Uma das ilusões mais perniciosas que o Whatsapp dá é a de fazer com que, com um celular na mão, a pessoa se sinta "acompanhada" de um grupo. SE a qualquer momento ela pode chamar um usuário do serviço, podemos considerá-lo quase onipresente. E isto vale em ambos os sentidos, do usuário para o amigo, e do amigo para este usuário.

Mas o que isto tem a ver com o respeito aos pais ? No que dissemos valer para antigamente, em que havia uma espera e uma forte limitação territorial (a casa, os vizinhos) estava inclusa uma "permissão necessária para extrapolar os limites geográficos". O pai ou a mãe não deixavam o filho sair de casa, e não saindo o contato não era possível. Os amigos só adentravam a casa pela porta. Mas hoje eles "entram" pela telinha do celular. E nesta telinha pode-se falar e MOSTRAR de tudo.

Em outras palavras, a territorialidade administrada pelos pais foi rompida pelo contato virtual. O celular se tornou a porta para entrada de conhecidos e desconhecidos.

Mas esta atividade traz realmente malefícios ?

Os exemplos estão aí, para quem quiser experimentar. Meninas de 11 anos que filmam a si mesmas nuas, para o namorado eventual, costumam ter suas filmagens espalhadas pela Internet quando o namoro acaba. Conquistas virtuais costumam acabar em corpos de mulheres desovados em matagais. Homossexuais "abduzidos" por um "amigo" sociopata costumam ser achados mortos. O "amigo" vai conquistando a confiança da pessoa até conseguir levá-lo a uma armadilha homofóbica.

Em alguns casos o usuário, no caso feminino e jovem, costuma chegar ao suicídio, depois de ver sua imagem amplamente divulgada na sua exposição total.

O que as autoridades podem fazer ?

Se não se pode imputar a responsabilidade ao menor, que pelo menos seja garantida a identidade, e isto com números de documentos, para identificar os agressores e aproveitadores. É preciso que seja exigido o CPF ou RG de quem vai usar o serviço.

No mais, fique atento, jovem ou velho, ao uso desta comunidade virtual.

quarta-feira, 18 de março de 2015

Os arquétipos da Bíblia

A maior parte dos arquétipos radicais da raça humana veio da Bíblia:

Eva - Símbolo de voluntariosa, ansiosa, que vê o destino bem a frente;
Árvore da Vida - os segredos, o encoberto, a ciência.

Na árvore quero fazer um parêntese. Dar vazão à nossa curiosidade, como a de Eva, nos leva à ciência. E que ciência Eva abriu para todos nós ? Aquela que pode trazer o bem mas também desviar para o mal. Dois caminhos. A faca de dois gumes.
Por isto, quando o homem fala muito de estar de acordo com a ciência, de suas leis, do valor das descobertas humanas, a nossa classe (dos psicólogos), junto com os sociólogos, fica de orelha em pé.
Descobriram a radioatividade ? Está muito bom. Uns pensam em uma usina de energia atômica, mas outros pensam na bomba.

Eva ainda é a ideia da mãe. Mas nunca foi a ideia da mãe terra, como os "holísticos" colocaram. O Sol, que devia ser o astro principal para adoração, foi suplantado por ... Urano. Uma das primeiras cidades tem em seu nome a raiz para o nome deste planeta "Ur", na Mesopotâmia antiga.

Caim e Abel - Símbolo da inveja, e não do irmão maior q mata o mais novo.

A Queda de Adão e Eva - desobediência. Não tem nada a ver com sexo. O fruto não é a maçã e nem o sexo. Apesar de gênio, até os colegas de Freud repudiaram este excesso de ver em tudo a motivação sexual, e fundaram correntes de pensamento psicológico em separado.

Só estas primeiras ideias estão arraigadas de tal modo no ser humano, que seriam necessários milênios para desfazê-las. Mesmo sem a Bíblia, o homem teria o impulso de dominar a mulher, pela força física apenas. Sem princípios morais, nos iríamos regredir aos dispositivos mais primitivos de nossa psiquê.

Imagine a situação em contrário, da dominação feminina. A mulher iria à guerra, expondo sua madre à destruição. Que filhos poderia o homem, deixado em casa,. dar ? A natureza se encarregou de colocar na mente do homem a ideia defensiva em relação às mulheres. Não tem machismo nem misoginia. Culpe a natureza, caro leitor, e eu te apoiarei em qualquer tribunal do mundo. SOBREVIVÊNCIA da raça. A natureza é que coloca na nossa mente os arquétipos e dispositivos para fazer multiplicar e garantir a Sobrevivência da espécie humana.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Freud e a figura de Pai

De Freud podemos dizer com segurança que foi um gênio.

Mas principalmente os gênios tem os seus desvios de conduta, de personalidade, transtornos obsessivos e traumas de infância. O pai da psicanálise também adquiriu traumas de infância, notadamente de RELACIONAMENTO COM O SEU PAI, que influíram nos argumentos que ele utilizou em seus trabalhos relacionados à Autoridade.

Esta linha investigativa foi seguida pela autora do livro "Porque Freud rejeitou a Deus" (Ana Maria Rizutto). 

Explicando, primeiramente, o mérito do trauma, mencionamos um dos grandes problemas da psicologia, do qual Freud não pode escapar. A psicologia tem como estudioso o próprio objeto de estudo. Em outras palavras, temos um homem (psicólogo) estudando a mente humana. O estudioso não tem como não ser subjetivo, filtrando as próprias emoções da mente pelas suas emoções.

O argumento de Rizutto

Freud ganhou uma Bíblia de presente de seu pai, em três volumes, com 500 ilustrações que se referem ao texto. Em uma exposição denominada "Antiguidades de Freud". A maior parte desta coleção evoca antiguidades relacionadas ao texto bíblico. Ao constatar tal coisa, a autora diz:

Seguindo o método de investigação do próprio Freud, explorei as circunstâncias de seu colecionamento, o significado pessoal explícito dos objetos, seus prováveis motivos inconscientes e a satisfação consciente que os objetos proporcionavam ao seu proprietário (p. 13).

A tese de Freud em relação à religião é que:

a religião perpetua a ilusão infantil de estar protegido por um pai bondoso levou-o a uma busca de libertação desse anseio considerado, por ele, como infantil.

Isto bem parece com o conflito dos adolescentes, quando estão tentando se desligar dos valores transmitidos por seus pais, sejam quais forem. É a idade da confrontação, os jovens dão o contra em tudo.

A partir desta afirmativa de Freud, a autora passou a pesquisar quais fatores psíquicos levaram Freud a converter a sua ideia de um Deus que merecia ser louvado e pregado para aquele que agora, quando adulto, ele acusava a ser o produtor (é preferível dizer mantenedor) de ideias infantis.

Freud, como muitos jovens judeus alemães, teve muita dificuldade em produzir uma relação afetiva com o seu pai. Ao unirmos a reverência e seriedade judaicas com a frieza e dureza germânicas, obtemos uma figura de pai quase inacessível aos filhos.

A autora então prossegue em suas conclusões:

a dor da pequena criança [de Freud quando criança] levou à insistência veemente em que todos devemos desistir de um Pai-Deus, incapaz de proporcionar qualquer proteção ou consolo. O sofrimento pessoal de Freud se tornara articulado em sua teoria sobre a religião para toda a humanidade. (…) Sua descrença desafiadora expressava a dimensão de sua integridade psíquica e também de sua coragem e de sua capacidade de sublimação: transformar o profundo sofrimento da criança e do adolescente numa nova ciência que abriu os horizontes inexplorados da mente humana. Deus fora substituído pela razão de Freud. O homem desprotegido criara sua própria autoproteção” (p. 252).

Freud transformou uma experiência pessoal em norma para todos os homens, produzindo uma geração de jovens magoados e descrentes em Deus.

O que Deus evoca nas pessoas

Existe uma parcela da população, que expressa suas ideias em redes sociais, cuja ideia de Deus é de uma muleta para as fraquezas humanas. Elas dizem que a Religião é a ferramenta para os fracos, que precisam da ideia de um ser superior, capaz de preencher as "lacunas" existentes neste tipo de pessoas.

A explicação de Rizutto pode se aplicar a esta faceta do problema. O que buscam estas pessoas em Deus para preencher estas "lacunas" ? Se relacionadas com o pai, como diz a autora, já identificamos pelo menos a natureza das mesmas: afeto, sensação de pertencimento, autoridade compreensiva. Mas e os que não procuram, ou que acham que não existe em seu próprio ser estas lacunas ? São eles bem resolvidos ? Não necessariamente. Nestas lacunas pode se esconder a MÁGOA. Nossos traumas psíquicos geram, inevitavelmente, a mágoa. Se esta não existisse, seria muito fácil perdoar as pessoas que nos tenham ofendido.

Se aplicarmos o exemplo de Freud, a contraprova confere. No fundo Freud tinha mágoa de seu pai. Associando as imagens que evocavam esta mágoa na Bíblia que seu pai havia lhe dado, o presente substituíra o seu doador: o Pai. E como a Bíblia evoca a lembrança de Deus, a associação estava feita. Freud transferiu a mágoa paterna para Deus.

O Deus maldoso

Ainda existe uma outra forma de associação possível neste horizonte Freudiano de possibilidades. O leitor da Bíblia pode ficar magoado com as múltiplas mortes que ali são citadas. E o motivo alegado ? O pecado. Ora, o indivíduo, imbuído deste espírito adolescente, que só diminui, mas não morre, pergunta a si mesmo: "mas que pecado ? Não existe nenhum pecado. Deus diz que meu sofrimento nesta vida, e de outros que me antecederam é fruto do pecado ?"

Quando o indivíduo não consegue aceitar este motivo para seu sofrimento e angústia, tão humanos quanto comer, dormir e respirar , ele desenvolve mágoa contra Deus. E para não revelá-la, ele simplesmente nega o acusador: Deus. É mais fácil.

É melhor MATAR o acusador do que enfrentar a ACUSAÇÃO.

O futuro 

Hoje, com esta geração altamente contestadora e revisionista que está sendo educada com um mundo de informação oriunda de gente também revisionista, estamos produzindo uma massa de espécimes para experimentação, ou seja, vamos ver quais resultados sociais esta geração vai produzir, sendo tão livre, tão sem limites.