sábado, 28 de abril de 2018

A guerrilha de 1970 no Brasil - Fenomenologia adolescente

Foram necessários muitos anos de meditação no assunto. Vejam, o período a que todos chamam de Ditadura Militar veio de 1964 à 1980, diminuindo gradativamente de intensidade, e sendo alvo de interpretações políticas e sociais.

Hoje eu posso dizer, baseada na análise dos que tinham por volta de 22 anos de idade (em média), e dos filhos destes mesmos pacientes que, certamente, este movimento de guerrilha, a propósito de luta contra a Ditadura, nada teve de político. Este movimento mal interpretado teve características sociais temporalmente localizadas em torno de um movimento específico peculiar a uma geração.

Adolescência

Todos nós sabemos que o período da Adolescência é pautado pelo seguimento de uma tendência. No bojo dos eventos sociais de uma época, os jovens aderem a uma Filosofia, Ideologia ou Ideal Social que esteja em evidência no momento.

Vamos citar um exemplo que se constitui em um excesso, e que está ocorrendo na Europa, para mostrar o ímpeto da juventude. Jovens Belgas, Noruegueses, Franceses, Alemães e de várias outras nacionalidades, INCLUINDO ALGUNS BRASILEIROS, se tornaram muçulmanos, e foram fazer parte do ISIS (Exército Islâmico). Os "filósofos" de nossa época interpretaram isto como uma espécie de simpatia pela luta dos palestinos. Ledo engano.

Quem interpreta esta tendência está ignorando aquilo que move um jovem na adolescência, que é a busca por EMOÇÕES e pelo PERIGO, em vista da conclusão tardia dos centros de planejamento e crítica apurada, característica da idade, e que fisiologicamente se encontra na parte frontal do córtex do ser humano.

A adolescência é caracterizada pela busca de esportes e atividades perigosas, pela falta de conhecimento dos diversos tipos e graus de consequências de nossos atos. O sujeito está aprendendo, ainda, a avaliar a sequência integral de cada atividade humana e de suas implicações para o futuro.

O fenômeno dos anos 1970

Qual era o contexto social, no Brasil, nesta década ? A sociedade estava sob o peso de uma autoridade identificada como Ditatorial. O jovem tem uma veia natural de antagonismo frente às autoridades. A ideologia de resistência foi levada ao nível de OPOSIÇÃO. E a oposição ideológica não bastava, pois o rótulo de "Ditadura Militar" era amplamente divulgado, com propósitos bem claros, pela esquerda brasileira. Portanto, esta oposição passou ao nível de exigência de uma OPOSIÇÃO ARMADA.

Eu costumo comparar esta oposição armada como um prenúncio do jogo de "Counter-strike" (videogame onde um grupo da lei luta contra os terroristas), bem popular nos anos 1990. Jovens sem preparo se armaram para tentar combater integrantes das forças armadas, ou seja, amadores contra profissionais.

TUDO FOI APENAS UM JOGO, pois o jovem ainda não deixou completamente o mundo da fantasia para se integrar à realidade, e repito: isto só se concretiza quando o Córtex pré-frontal conclui o seu desenvolvimento.

Nos dias de hoje

Hoje, esta veia agressiva encontra seu meio catártico no jogo de GTA (videogame em que o jogador adquire armas, rouba veículos e pode atirar em qualquer um com armas pesadas, inclusive contra a polícia), e em outros jogos de guerra, como Call of Duty, Fortnite e Rainbow Siege.

Tremo só de pensar em uma situação como a atual, em que são descobertos vários políticos corruptos, em que não tivéssemos estes jogos em que estes jovens pudessem descarregar a sua agressividade natural. Poderíamos ter uma sequência de assassinatos por parte destes. Se vocês acham que esta especulação é um exagero, basta citar os casos em que vítimas de bullying levaram a cabo suas intenções agressivas, num nível individual. E se um jovem, sem instrumentos de escapismo, julgar que estes políticos prejudicaram ou estão prejudicando, objetivamente, suas famílias. O que poderia acontecer ?

Diagnóstico

Portanto, pelos argumentos que colocamos, podemos concluir que o fenômeno dos anos 1970 foi consequência dos arroubos adolescentes. Também podemos acrescentar que os jogos ditos violentos, na maioria dos casos, ajudam a descarregar esta agressividade.

domingo, 22 de abril de 2018

A iniciativa própria do indivíduo - Identidade

Um dos questionamentos mais frequentes de um número enorme de pessoas que estamos analisando revela seus anseios em perguntas como:

  • Por que o mundo é injusto ?
  • Por que as coisas tem que ser assim, como se apresentam ?
  • Por que existe tanta maldade e corrupção ?
  • Por que os outros não me entendem ?
  • Por que não aparece um emprego como eu desejo ?
  • Por que não sou escolhido nas entrevistas ?
  • Por que não sou reconhecido na minha função ?

A falta de compreensão destes questionamentos tem levado as pessoas à depressão.

O trabalho em equipe

Antes de continuarmos, acrescentemos aquilo que se tornou "politicamente correto" na pesquisa científica. Dos anos 1950 para cá, foi enfatizado, na ciência, o trabalho em equipe. E isto teve uma razão "político comportamental". Era difícil lidar com o pesquisador solitário, excessivamente talentoso e, por vezes, correspondentemente, excessivamente temperamental. Por esta razão foi estabelecido o trabalho em equipe. No entanto, quem já lidou com equipes de mais de três pessoas já sentiu na pele a imensa dificuldade de lidar com a competição interna entre os integrantes. E existe o perigo gravíssimo da espionagem industrial, pois o ser humano é muito suscetível aos "incentivos financeiros". Quem quiser conferir basta pesquisar "espionagem industrial" no Google, e vai ficar estarrecido:

Alguns casos

É mais fácil lidar com pesquisa do que com egos humanos.

O valor individual

Todos nós, por termos nascido diferentes, podemos, inevitavelmente, apresentar um dom. A pessoa tem que perceber qual é o seu dom, e isto só é possível a partir do "cultivo" de sua individualidade em atividades construtivas, evitando a sua "absorção na massa popular". Não é preciso dizer que, hoje em dia, quanto mais comunicação e, por consequência, influências recebidas, o ser humano (ainda não diremos indivíduo) tende a ser, cada vez menos, ele mesmo.

Um exemplo claro é o Facebook. Ali se vê, clara e limpidamente, a vontade irresistível de obter aprovação dos "amigos". Esta é a influência prejudicial destas Redes Sociais. Estas, assim como a sociedade, que vem pregando de forma indiscriminada e irresponsável, a Igualdade, agem como uma espécie de Patrulha Social, esmagando de forma quase ditatorial, o Valor Individual.

Maiores detalhes em post anterior (Rede Social, nova Censura).

O valor individual, nas empresas, agora, tornou-se um problema. Suscitou-se a Ética, a Equidade, as Ideologias ainda mal delineadas de gênero, ideias de proteção ao indivíduo, ideias de proteção ao meio-ambiente, e esqueceu-se da Individualidade. Não existem mais profissionais capazes de lidar com a individualidade. Isto é particularmente percebidos nas escolas. Aluno diferente, com um pouco de desajuste, por muitas vezes devido a um talento que não aceita a massificação, é imediatamente discriminado. Os próprios coordenadores, pregadores da não discriminação, agem com verdadeira e desumana discriminação em relação a quem não está na média.

Lembrem, os leitores, que média é o limite de vivência dos medíocres. Como as normas e regras vem da maioria, e a maioria reside na média, produzimos regulamentos e regras MEDÍOCRES.

E então, os fomentadores de pesquisas, em nosso país, bem como os industriais, reclamam que tem cargos, mas não encontram gente capacitada. Claro, a sociedade cuidou de criar um ambiente excessivamente medíocre, injetando na cabeça das pessoas, à força, ideologias que refletem o pensamento medíocre, da média, da maioria. E ainda tem coragem de dizer que isto é democrático. Acredito que a doença é democrática, atinge a todos, mas os remédios para a sua cura vem da cabeça de poucos. Se não fosse assim, imediatamente surgida a doença teríamos várias pessoas propondo, "democraticamente", a sua cura eficaz.

Não temos mais ambiente propício ao desenvolvimento de talentos individuais. Mas não citei ainda todos os agravantes. Existe algo muito pior no pensamento político dos países de terceiro mundo, que se chama ...

Socialismo

Para o escopo de uma discussão no terreno psicológico, apresentamos este sistema político como A FALSA RESPOSTA ÀS PERGUNTAS FEITAS NO INÍCIO DESTE ARTIGO (vejam acima).

A principal pergunta "Por que os outros não me entendem ?" se dá no terreno individual. Se o indivíduo se misturar à massa, seguir os seus bordões, fazer o que os outros fazem, ou fazer aquilo que vai agradar aos outros, como se estivesse sendo monitorado, ele será entendido. Desta forma, o indivíduo abre mão do seu bem mais precioso (sua opinião, seu dom, sua convicção de verdade), dando o seu direito ao coletivo, para tentar ser feliz. Existe um ditado corrupto, fruto dos meios de comunicação de massa, que diz:

Entre ter razão e ser feliz, prefiro ser feliz.

Existem limites para se ter razão, que vão até uma defesa extremamente irracional do próprio ponto de vista, que serve apenas ao ego, Não estamos indo até este extremo. Estamos indo apenas até o ponto da coragem de se colocar o seu ponto de vista, de forma racional e abalizada.

No entanto, as ideologias politicamente corretas querem fazer as pessoas largarem até o seu ponto de vista para serem ROBÔS FELIZES, que agradam à massa medíocre.

Como o socialismo ajuda a manter esta mediocridade, que mata o valor individual ? Basta observar as invasões de propriedade. Segundo esta doutrina perversa do socialismo, quem tem muito tem que repartir com que tem pouco. Mas agora chegamos ao ponto. Excetuando os meios ilícitos de que a pessoa pode se valer, como o jogo de influências e a violência, que motivos temos para CONDENAR AQUELE QUE, POR ESFORÇO PRÓPRIO CONSEGUIU ADQUIRIR MAIS QUE A MAIORIA ?

Pense na forma mais antiga de expressão do Socialismo: a Inveja. A inveja foi expressa real ou "legendariamente", na história mais antiga da Bíblia: a história de Caim e Abel. Psicologicamente posso classificar o Socialismo, quando o objeto de observação é alguém que adquiriu o que tem, de forma honesta, como INVEJA SOCIAL.

A pessoa abre um restaurante, por exemplo, e seu negócio cresce, sua marca é reconhecida, e logo ela estabelece uma rede de alimentação. Rapidamente, ela suscita a inveja. Pessoas comentam:

Olhe aquele ali. Tinha só um restaurante, Agora tem uma rede, e está cheio do dinheiro.

Este é o comentário daquele que DESPREZA O VALOR INDIVIDUAL. Ele mesmo não se dá o valor, e achando-se incapaz, achando-se desprovido de dons, inveja o dom alheio.

O indivíduo na estatística

A psicologia importou da administração o tratamento pelas estatísticas, apenas para se expor panoramas, e se poder dizer se um fenômeno está tendo abrangência ou se está incipiente.

Mas eu digo, sem medo, que a estatística não se aplica a indivíduos com comportamentos diversos, na forma pela qual está exposto neste artigo. O que ocorre, hoje em dia, é a "diluição" do indivíduo dentro de grupos, rotulados como cereais dentro de caixas.

Quando se diz e se faz grande propaganda, por exemplo, de um candidato que está a frente de pesquisas eleitorais, ignora-se os motivos individuais que levaram o indivíduo a optar por um e por outro, e ainda o fato de que os seres humanos podem mudar de ideia. E acrescentemos a forma como uma pergunta feita afeta o raciocínio de uma pessoa.

Discordo totalmente da "Psicologia Estatística", que tenta ditar comportamentos para as pessoas. É comum, neste país, ouvir pessoas dizendo que não gostam de "perder voto", como se estivessem competindo, ao invés de dar sua opinião.

A triste conclusão

A doutrina de governo, que levou os que estamos vendo no poder, é um veneno social, causador de tristeza, sensação de incapacidade, preguiça e DESTRUIÇÃO SUBLIMINAR DOS VALORES INDIVIDUAIS.

A quem ela interessa ? Aos financiadores daqueles que estarão no poder sob este regime.

E um conselho a cada um (evito dizer todos, pois estaria indo contra o que foi pregado neste artigo) que leu este desabafo: tente descobrir o seu dom pessoal, que vai construir ou reforçar a sua identidade. Não vá atrás da opinião dos outros (conselho dos tempos da minha bisavó).

E por último, se você for atrás de pesquisas eleitorais ou coisas do gênero, você deixará de ser uma pessoa, para se transformar em um dado estatístico.

terça-feira, 3 de abril de 2018

As Redes sociais são a nova Censura

Já se vão mais de 50 anos da deflagração do Período Militar no Brasil, e 37 anos da "Abertura Democrática", parte de um plano estratégico muito bem urdido pelos empresários, banqueiros, CIA e militares brasileiros, para garantir a supremacia do domínio americano no Cone Sul das Américas.

De extremos ...

Os brasileiros, sempre protagonistas de extremos de comportamentos, absorvedores vorazes de modismos e modernidades, e facilmente influenciados pelos ardis dos americanos, rapidamente se entregaram aos apetites repreendidos na impropriamente denominada Ditadura. Nota-se, no comportamento das gerações posteriores a perigosa aversão à Autoridade, seja ela representada pelos pais, pelos professores ou pelos gerentes de empresas.

Podemos comparar este fenômeno da "Abertura" aquele que ocorreu na Libertação dos Escravos. Não é escravo apenas aquele que possui correntes a limitar seus movimentos. Escravo é também o que ACHA QUE ESTÁ LIMITADO EM SUA EXPRESSÃO DE IDEIAS E ANSEIOS. E esta é a sensação imprópria sentida por um grande número de pessoas, dentro ou fora de consultórios de psicologia ou psicanálise.

Repressão sem origem definida

Mesmo jovens que sequer experimentaram o período militar de nossa história parecem estar sob um jugo repressivo. E não é do jugo de seus pais que eles reclamam, mas de um jugo imaginário de uma Sociedade Virtual. Eles sentem uma necessidade doentia de serem aceitos. No passado isto se resumia a um círculo pequeno, da família, colegas de escola e vizinhos. Hoje a necessidade se estende a uma legião de amigos físicos e virtuais das Redes Sociais.

Hoje, se o jovem dá um passo em falso, profere uma frase politicamente incorreta, ou é fotografado na companhia de alguém que a comunidade julga  inadequado, ou exagera em uma simples brincadeira, ele é esmagado por uma campanha pública, dos próprios "amigos virtuais", nas redes sociais que participa. Seus "amigos" se tornaram seus juízes e censores. Logo surgem os adjetivos de "vacilão", "grande FDP", comentários como : "caraca, o que que ce fez", "mano, você exagerou". A estes se segue o cancelamento de dezenas ou centenas de amizades, ameaças e "linchamento virtual". Então constatamos que ...

A Censura voltou mais forte

No governo militar a tortura era física e psicológica, mas os algozes eram poucos. A vítima pelo menos sofria com a convicção que estava com a razão: lutava contra um regime opressor. Mas hoje, se a pessoa "escorrega" nas palavras, ou coloca algo que julgava inocente, mas é reprovada, os torturadores serão seus próprios "amigos" virtuais. Numerosos torturadores. A cela de tortura será o mundo. Onde for será apontado. Seus "amigos" se transformarão em delegados, investigadores e juízes. A pena terá duração indeterminada, até que esqueçam aquilo, ou até que algum conhecido faça uma besteira maior..

Naqueles anos de chumbo, a pessoa sabia o que não podia falar ou fazer. Hoje, qualquer coisa que você falar, sobre algo bem trivial, inocentemente, sinceramente, poderá se transformar em motivo de polêmica.

E existe um agravante. Onde houver um celular ou câmera na mão de um oportunista, poderá haver um flagrante, e a coisa vai ficar bem pior. As pessoas estão vigiando umas às outras, em uma atitude que lembra o comunismo na União Soviética.

Conclusões

Se você critica a "Ditadura" brasileira dos anos 60-70, pense 10 vezes antes de ficar pronto para filmar uma "pegadinha". E finalmente:

CUIDE DA SUA VIDA
 E 
DEIXE OS OUTROS EM PAZ